Eu me lembro do ano de 1992, março, 18. Saia eu de casa, usando bandana e um shortinho parecido com o do Axl, para o Conjunto Nacional comprar o Use Your Illusion II, o último disco de inéditas do GN’R, lançado no ano anterior. Poxa, de lá pra cá foram 16 anos! Muitas histórias em torno do processo de criação do disco, infâmias e etc. Mas em 23 de novembro foi lançado o disco que esteve em produção desde 1999. Resumidamente, é um disco sensacional. Moderno e oldschool, limpo e sujo, sensível e agressivo. Mas não tente comparar com o disco de 1991, pois há poucas semelhanças. Mas isso é bom, pois concordo com o Axl quando ele diz: “aquilo lá [a banda dos anos 80 e 90] era o antigo Guns. Isso, agora, é apenas Guns!”. Estima-se que
Escute Chinese Democracy em www.myspace.com/gunsnroses
É clima de Natal. É clima de ano novo. Como foi 2008 para você? Desejaste, no fim de 2007, “felicidade com muitas sementes de romã na carteira”? Desejaste sucesso? Hum...
É impressionante como tudo gira em torno de prazeres efêmeros. Ganhar dinheiro, ser “feliz” [com dinheiro]. Que tal desejar ser uma pessoa mais humilde? Que tal desejar que suas palavras e ações afetem de forma boa a outras pessoas? Que tal mudar seus desejos?
É nessas horas que eu fico pensando sobre como é a vida. Ou como ela deveria ser. Mas chega um ponto em se percebe que a vida já começou. Explico.
Desde pequenos nos é dito que “temos que estudar, pois teremos que ser alguém na vida”. Na adolescência, “temos que estudar e fazer um curso de inglês, pois teremos que ser alguém na vida”. Na universidade, “você tem que estudar e arrumar um estágio, pois...” Ahhh! Que coisa! Quando a vida vai mesmo começar? Já começou! Acorda pra vida! Não é colocando sementes de romã na carteira que a vida fará sentido. Não se você continuar a se recusar a viver. Não se você insistir em ser alguém de alma vazia e sem que sua existência seja relevante. O dinheiro virá, mas não poderá comprar tudo que te faça ser uma pessoa de fato, no sentido mais integral que essa palavra possa ter.
Mas isso tudo é difícil e não pretendo explicar pormenorizadamente. É, apenas, uma tentativa de apontar essa estranha e confusa natureza das coisas. Nem sabemos mais o que é comemorar o Natal, por exemplo. Tudo, especialmente nessa época do ano, se torna tão patético, que ainda há quem consiga viver em paz de espírito sem ao menos pensar uma única vez sobre a conseqüência da própria vida. Mas o ato de pensar vem com muitos obstáculos; demais até, para se tornar realidade. É pertinente fazer diferente? Talvez. Deve ser por isso que uma topeira cega consegue se alimentar, todos os dias, em seu buraco.
E não se esqueça: neste Natal, não coma o presépio! ;-)
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